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Conheça o PIX, o novo sistema de transações digitais do Banco Central

Nesta quinta-feira 20), foi anunciado pelo diretor da Organização do Sistema Financeiro do Banco Central (BC), João Manoel de Mello, o Pix, o novo sistema brasileiro de pagamentos instantâneos que estréia dia 16 de setembro. O melhor desta notícia é que ele será gratuito para pessoas físicas. O PIX, que deve substituir os tão famosos: TED e o DOC e consequentemente assassinar as taxas altíssimas dessas transações!

Em testes desde o começo do ano, a plataforma se difere dos pagamentos bancários tradicionais, entre outros motivos, por liquidar transações na hora e ficar no ar 24 horas por dia, sete dias por semana. Veja a seguir, todos os detalhes sobre o novo jeito de fazer pagamentos e transferências.

Rede do PIX, gerida pelo Banco Central, liquida pagamentos na hora 24 horas por dia — Foto: Divulgação/Banco Central

Da mesma forma como ocorre as transferências convencionais, o sistema funcionará como uma ponte entre o pagador e o recebedor. Você e um amigo por exemplo.

Já existem aplicativos que possuem essa modalidade, como o PicPay, por exemplo e que ainda oferece créditos para o usuário da plataforma ao utilizar alguns serviços como crédito de R$ 10,00 ao realizar uma recarga de R$ 50,00 em um número de celular pré-pago, recarregamento de Bilhete único e até no pagamento de boleto de contas, retornando um bônus para o usuário em forma de crédito que pode ser utilizado no pagamento de compras de produtos ou serviços.

Eu mesmo já utilizo o PicPay e atualmente estou

Assim como os ocorre com as transferências atuais, o sistema funcionará como ponte entre o pagador e o recebedor. Os dois lados da transação podem ser tanto pessoas físicas, pessoas jurídicas (incluindo entes governamentais) ou uma combinação entre elas. Na prática, a novidade promete ser um TED disponível a qualquer hora do dia, em uma quantidade maior de serviços, e com valor que cai na hora na conta do recebedor.

Como e quando o PIX vai funcionar?

Segundo o Banco Central, não será preciso instalar nenhum aplicativo adicional para utilizar o PIX. O sistema será integrado aos serviços já oferecidos por bancos, fintechs e estabelecimentos comerciais. Dessa maneira, o PIX deverá se tornar mais uma opção de transferência ao lado do TED e do DOC na hora de efetuar uma transferência pelo caixa eletrônico ou via Internet banking.

No entanto, ao contrário do TED e DOC, não será preciso informar número de conta e agência para iniciar uma transferência. No PIX, essas informações são substituídas pelo que o Banco Central chama de Chave PIX. A chave pode ser um CPF, CNPJ, número de telefone celular ou endereço de e-mail. Com essas informações, o usuário poderá ter também seu próprio QR Code e receber dinheiro via PIX por meio de pagamentos por aproximação.

O sistema de pagamentos começará a funcionar de forma restrita em 3 de novembro e será liberado para todos no dia 16 de novembro. Mas já será possível se cadastrar no sistema a partir do dia 5 de outubro.

Como se cadastrar

O cadastro deverá ser realizado na instituição financeiras na qual o usuário já tem uma conta. Bancos, aplicativos de pagamento, aplicativos de pagamento, corretoras de criptomoedas e demais fintechs irão disponibilizar o cadastro nos seus respectivos aplicativos ou sites. A partir de 5 de outubro, o usuário poderá acessar um menu do PIX e informar CPF, CNPJ, celular e e-mail que devem ser cadastrados nas suas chaves.

Segundo Banco Central, PIX é mais seguro que rede bancária tradicional — Foto: Divulgação/Banco Central

Quais tecnologias oferece?

O PIX funciona em uma infraestrutura de rede mais moderna que funciona independente do horário bancário. Por esse motivo, é possível enviar dinheiro para alguém a qualquer dia e horário, e o valor sempre cairá na conta na mesma hora. A liquidação só não é realizada imediatamente caso o usuário decida agendar o pagamento. A função é nativa do serviço, mas cada instituição pode decidir oferecê-la ou não aos seus clientes.

Além disso, a ferramenta conta com uma tecnologia integrada de QR Codes em duas versões. Na dinâmica, o código muda a cada nova transação e será mais indicada para o caixa de estabelecimentos comerciais. Além do valor, ele pode trazer detalhes de identificação da loja, entre outros dados. Já o código estático identificará um recebedor fixo e poderá contar ou não com valor pré-definido. Esse tipo de QR Code tenderá a ser mais usado por pessoas físicas.

Segundo o Banco Central, a rede do PIX também é mais segura, mesmo que custe mais barato. Como consequência, a instituição prevê uma menor barreira de entrada para novas fintechs. Consequentemente, a projeção é de maior competição pelo cliente, levando a um incremento na qualidade do serviço.

Usuários do PIX poderão ter QR Codes estáticos ou dinâmicos para receber pagamentos — Foto: Divulgação/Banco Central

É preciso baixar algum aplicativo ou programa?

O PIX não exige o download de nenhum aplicativo ou programa adicional. As instituições que aderiram ao recurso deverão disponibilizar o novo serviço nos softwares que já possuem. É possível que determinada empresa altere ou lance novos produtos relacionados ao PIX e recomendem o download pelos clientes. No entanto, isso não deverá ser regra.

Qual o preço?

O PIX é muito mais barato para as instituições financeiras em comparação com o TED e o DOC. Enquanto as transferências tradicionais custam de seis a sete centavos, o PIX irá cobrar apenas um centavo a cada 10 transações. Há também preços diferentes para pagamentos agendados ou para liquidações durante a madrugada.

O Banco Central, no entanto, deixará livre para cada instituição definir se e como repassará esse custo aos clientes. Como meio de tranquilizar o cidadão, o BC avisa que irá monitorar eventuais violações ao direito do consumidor por conta de cobranças abusivas.

Via Banco Central (1,2)

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